quarta-feira, 1 de maio de 2013

Agora é oficial: Shacman não vem mais para Caruaru


A montadora chinesa Shacman levou para Tatuí, no interior paulista, o projeto de construção de sua fábrica de caminhões no Brasil, que antes tinha sido anunciado para o município de Caruaru, em Pernambuco. Os investimentos para instalar a linha em São Paulo são estimados em R$ 400 milhões, bem abaixo do orçamento de R$ 1 bilhão previsto para Caruaru.
A diferença se deve ao tamanho do empreendimento. Em Pernambuco, a Shacman levaria junto toda uma rede de fornecedores para o entorno da fábrica de caminhões, enquanto em Tatuí a montadora vai aproveitar os fornecedores já instalados na região, diz Mauricio Vieira, diretor de operações da Metro-Shacman, a representante da marca chinesa no Brasil que está liderando o projeto.
Os motores serão fornecidos pela fábrica da Cummins em Guarulhos e a transmissão pela ZF, instalada em Sorocaba. A empresa diz que seus caminhões terão índice de nacionalização superior a 65%, o que lhes garante acesso às linhas de crédito de menor custo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de atender às exigências de conteúdo local do novo regime automotivo.
A capacidade de produção da fábrica será de 10 mil veículos por ano, mantendo o volume do projeto anterior, anunciado há um ano pelo governo pernambucano. Serão gerados 1 mil empregos diretos na unidade, que vai produzir caminhões pesados e extrapesados. Posteriormente, a marca pretende ampliar a linha para cobrir os demais segmentos do mercado.
Em um terreno de 53 mil metros quadrados, a Shacman vai adaptar um galpão que pertencia a uma indústria de cerâmica. O início da produção está previsto para meados de 2014.
Em busca dos descontos no IPI concedidos pelo novo regime automotivo a novos investidores da indústria automobilística, Vieira informa que a empresa já encaminhou ao governo o projeto de produção local. A Shacman também vai buscar o BNDES para o financiamento da obra, diz o executivo. Ainda falta definir, contudo, como o investimento será dividido entre a montadora chinesa e sua representante no Brasil.

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