O cordel é um género literário popular que nasceu na Europa algures no século XVI e que os portugueses levaram para o Brasil. Se no Velho Continente os livrinhos de rimas ilustrados com xilogravuras já são peça de museu, no nordeste brasileiro o género ainda está vivo e de boa saúde. “O cordel não serve só para entreter, serve também para informar, educar”, diz o cordelista e xilogravurista J. Borges, que, em 1964, publicou O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, com ilustração de Mestre Dila. O primeiro cordel de Borges vendeu mais de cinco mil exemplares enquanto o diabo esfregou um olho e deu-lhe ânimo para fazer cada vez mais e melhor. Além de escrever, Borges começou também a fazer as suas próprias xilogravuras, que, para quem não sabe, são uma espécie de carimbo. Primeiro o artista talha na madeira a figura que pretende imprimir. Depois, com um rolo de borracha embebido em tinta, pinta o relevo e, já com a madeira impregnada de tinta, deita-a sobre um papel, ou tela, para revelar o produto final. Se passar por Bezerros, pare no Museu Borges e conheça esta sumidade do cordel que é um contador de histórias como poucos.
Memorial J. Borges \\\ http://memorialjborges.arteblog.com.br
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